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Agronegócio cresce 24,3% em 2020 e responde por mais de um quarto do PIB do Brasil

O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio teve uma expansão recorde de 24,31% em 2020, informou a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) nesta quinta-feira (11), em nota.

Com esse resultado, o setor ampliou para 26,6% sua participação no PIB total do país no ano passado, contra 20,5% em 2019.

O PIB calculado pela CNA e o Cepea leva em conta o movimento de toda a cadeia do setor: produção dentro da porteira, insumos, agroindústria e serviços.

Já o calculado pelo IBGE considera somente a produção dentro das fazendas. Este foi divulgado na semana passada e mostrou expansão de 2% da agropecuária.

Alta por segmento

Tanto a cadeia produtiva da agricultura quanto da pecuária tiveram expansões expressivas em 2020, avançando 24,2% e 24,56%, respectivamente, impulsionadas por uma alta de preços e safras recordes.

Todos os segmentos da cadeia produtiva do agronegócio brasileiro no geral tiveram alta em 2020:

  • Setor primário – atividade dentro das fazendas (+56,59%);
  • Agrosserviços (+20,93%);
  • Agroindústria (+8,72%);
  • Insumos (6,72%).

“O desempenho do PIB do agronegócio reflete a evolução da renda real do setor, em que são consideradas as variações tanto de volume quanto de preços reais”, informou a CNA.

Entretanto, CNA e Cepea ressaltam que, apesar do resultado recorde do PIB no ano passado, a cadeia produtiva agrícola ainda se recupera de um cenário adverso de anos anteriores.

Quando se considera o cenário dentro das fazendas, por exemplo, a renda real recuou 20% de 2017 a 2019, apesar do crescimento de 20% da produção no mesmo período, devido a preços.

O uso intenso de venda antecipada de grãos também contribuiu para que a maior parte dos produtores não se beneficiasse plenamente da forte alta dos preços ao longo de 2020, afirmou a entidade. Além disso, houve elevação dos custos de produção.

Em relação ao ramo pecuário, a elevação dos preços das proteínas animais em relação a 2019 e a expansão da produção e do abate de suínos e aves e da oferta de ovos e leite refletiram o resultado do ano passado no PIB.

“Mas o forte aumento nos custos de produção afetou negativamente as margens dentro da porteira e na agroindústria”, disse a nota.

O indicador para o PIB dentro da porteira, do IBGE, deverá voltar a crescer este ano, com a CNA projetando aumento de 2,5% sobre 2020.

Fonte: G1

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Nova técnica aumenta em dez vezes a produção de mudas de Mandioca

Uma nova técnica de multiplicação de mudas de mandioca a partir de gemas foliares — formações iniciais de um ramo da planta — é a inovação desenvolvida pela Embrapa para ajudar os produtores no enfrentamento de um dos mais antigos e comuns problemas relacionados a esse cultivo: a escassez de manivas (pedaços de 20 centímetros do caule usados como mudas). A substituição do caule pela folha na produção de mudas pode aumentar em dez vezes a produção em comparação aos sistemas tradicionais de cultivo.

O melhorista da Embrapa Mandioca e Fruticultura (BA) Eder Oliveira, responsável pelo desenvolvimento da nova técnica, explica: “Cada folha tem uma gema imatura com potencial para gerar uma nova planta e cada haste tem entre 30 e 40 gemas. Como podem acontecer quatro ciclos por ano, uma única haste pode produzir cerca de 160 mudas. Comparando com os sistemas tradicionais, em que a reprodução é na proporção de 1/5 ou 1/10, dependendo da região e do manejo, a produção com a técnica de gemas foliares pode chegar a praticamente 1/100, ou seja, dez vezes mais que o sistema convencional”.

O experimento foi realizado em casa de vegetação, com equipamentos e materiais simples que agricultores com relativa sofisticação conseguem utilizar. “A ideia era simplificar ao máximo para que a maioria dos produtores pudesse ter acesso à tecnologia. Do ponto de vista do controle de patógenos, começamos a associar alguns defensivos que já tinham efeito protetor observado em outro projeto, e o resultado foi bastante interessante. Conseguimos obter mais de 80% de germinação usando gemas foliares imaturas”, declara Oliveira. Ele lembra que cuidados em relação à infraestrutura mínima e à umidade do espaço são muito importantes também, principalmente na primeira semana.

A inovação apresenta ainda como benefícios à produção de mandioca: possibilidade de vários ciclos anuais; baixo custo de produção, com o uso de insumos e infraestrutura simples; e a multiplicação de novos clones de forma precoce. Com isso, contribui para solucionar um dos problemas relacionados ao plantio comercial, que é a multiplicação lenta e em taxas reduzidas. Outras questões que podem ser favorecidas com a nova técnica são a baixa adoção, por parte dos produtores, de variedades melhoradas pela pesquisa; e a pouca qualidade fitossanitária do material de plantio, que é frequentemente atacado por doenças que afetam a produtividade da lavoura.

Experimentos no Brasil e na África confirmam bom desempenho da tecnologia

A técnica foi testada em grande escala pela primeira vez na multiplicação da BRS Novo Horizonte, variedade lançada pela Embrapa em 2018, alcançando números bastante expressivos nos ciclos de produção. Com ela, a área de plantio na propriedade parceira, localizada no município de Laje, no Recôncavo Baiano, cresceu de um hectare em 2017 para oito hectares em 2018 e 120 hectares em 2019.

Experimentos estão sendo realizados também na África, em áreas do International Institute of Tropical Agriculture(IITA), na Nigéria; do National Crops Resources Research Institute (NaCCRI), em Uganda; e do Tanzania Agriculture Research Institute (Tari). Essas instituições são parceiras no projeto “NextGen Cassava: melhoramento genético de mandioca de próxima geração”, financiado pela Universidade de Cornell (EUA) e Fundação Bill & Melinda Gates, com o objetivo de aumentar a taxa multiplicação da mandioca, uma cultura fundamental para a segurança alimentar e subsistência em toda a África. “Esses três parceiros têm interesse no uso da técnica não somente para ações de melhoramento, mas também para ações de multiplicação rápida do material”, afirma Oliveira.

Para realizar o trabalho, o pesquisador contou com o auxílio da bióloga Reizaluamar de Jesus Neves, bolsista da Embrapa Mandioca e Fruticultura. O assunto terminou se tornando o tema da sua dissertação de mestrado em Ciências Agrárias da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), defendida em 2017.

Reiza destaca como um dos pontos-chave para o sucesso da técnica a mistura de substratos no tubete onde as mudas foram colocadas, cuja porcentagem ideal foi obtida depois de diversos testes. “A parte de cima do tubete era só suporte com areia lavada e vermiculita, um substrato mais leve, para ela emitir raiz. À medida que essa raiz ia se desenvolvendo, ela começava a atingir a parte de baixo do tubete, onde colocamos um substrato mais nutritivo, com terra vegetal e adubo, por exemplo. Dessa forma, não aconteceu o fator estressante de retirar a muda da areia lavada para depois plantar em outro tubete com outro substrato”, explica.

O horário da coleta do material também se mostrou importante. “Na literatura, se fala em tempo fresco, mas o que percebemos é que, além de fresco, o ideal é das 5h30 até as 8h30. Também se recomenda o fim da tarde, mas como a planta passa o dia todo no estresse do sol, vimos que o resultado é melhor no início das manhãs”, relata.

O pesquisador da Embrapa acrescenta que “no início o material é bastante sensível e precisa de muita umidade. A gema foliar envolve o pecíolo (parte do sistema foliar da mandioca que liga o caule à folha) com a folha, que é cortada em 50% com a gema. Precisamos garantir que esse pecíolo com essa folha se destaque da brotação o mais tardiamente possível. Se ele se destacar da geminha que fica no substrato, praticamente se perde a muda. Esse é o grande segredo”.

A opinião do setor produtivo

Segundo o engenheiro-agrônomo e empresário Manoel Oliveira, hoje à frente da Prime Soluções Agrícolas, em parceria com a Podium Alimentos, a técnica superou as expectativas. “Hoje temos 90% da área com a BRS Poti Branca e boa parte disso foi produzida via gemas foliares. É uma técnica muito simples de implementar e com taxa de multiplicação muito boa, que eu indico fortemente”, confirma.

As trocas de informações com a equipe da Embrapa levaram a ajustes durante o experimento, principalmente em relação à umidade. “Em termos práticos, o sucesso depende da mão-de-obra e do controle regular de umidade para diminuir a desidratação do material, ainda muito tenro e sensível. No nosso caso, apesar de não fornecer características de alta produtividade de raízes, a técnica cumpriu plenamente a função de produzir material de plantio. Depois, adensamos o espaçamento para produzir mais mudas, que era o nosso objetivo principal”, explica.

Na Embrapa, a câmera de nebulização que mantém a umidade na casa de vegetação foi regulada entre 60% e 70%. Quando a umidade do ar reduzia, um mecanismo automático ligava o processo de nebulização e fornecia a umidade adequada às mudas. Na área do parceiro, o trabalho foi muito mais simples, comprovando ser acessível ao pequeno produtor. O sistema de aspersão em telado manteve a umidade no período inicial e ficou entre 60% e 70% de germinação, com menos custos.

Recuperação de plantas

Além da importância econômica na produção de mudas em escala comercial, vale salientar o uso da técnica dentro da própria atividade científica, retroalimentando todo o processo de pesquisa. Além dos experimentos realizados no campo experimental da instituição e na área do parceiro, a produção de mudas por gemas foliares foi usada na recuperação de acessos do Banco Ativo de Germoplasma (BAG) de Mandioca — coleção com amostras de plantas que visa conservar e preservar a ampla variabilidade genética desses materiais para estudos atuais e futuros — do campo do centro de pesquisa.

O espaço é o maior BAG do País e o segundo maior da América Latina, reunindo 1.271 acessos provenientes de vários ecossistemas, constituindo a base de programas de melhoramento genético da cultura para o Brasil e para outros países da América Latina e da África que têm condições ambientais similares. Além dos acessos no campo, o BAG também está conservado em laboratório.

Novos desafios à frente

O pesquisador acredita que a técnica pode ser aperfeiçoada e, por isso, se lançou a um novo desafio. “Ter chegado a 80% de germinação é um índice fantástico, mas quero alcançar 90% e fazer com que essas mudas cresçam ainda mais rapidamente do que hoje”, pontua.

A evolução passa por um kit de nutrientes e fitohormônios que devem ser usados antes de a muda ir ao campo e que está em fase experimental, já com alguns resultados interessantes. “A meta da continuidade desse trabalho é fazer com que as plantas cresçam mais rápido e que, com 30, 35, dias possam ir para o campo e alcançar 90% de germinação”, espera.

Fonte: Embrapa

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Mandioca: média nominal é a menor desde setembro de 2020

O interesse pela colheita e comercialização de mandioca segue elevado em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea, o que está relacionado à necessidade de liberar áreas para outras atividades agropecuárias ao fim do prazo de entrega de áreas arrendadas ou mesmo para que produtores se capitalizem para compromissos de financiamento, e não necessariamente à atratividade vinda da receita da mandioca.

Assim, nos últimos dias, as cotações da raiz recuaram para o menor patamar registrado desde setembro do ano passado. Ao mesmo tempo em que a oferta tem crescido, a demanda pela matéria-prima tem dado sinais de enfraquecimento, principalmente nas fecularias com maiores estoques – algumas até interromperam a moagem nos últimos dias.

Assim, entre 1º e 5 de março, o preço médio semanal a prazo para a tonelada de mandioca posta fecularia foi de R$ 424,71 (R$ 0,7386 por grama de amido na balança hidrostática de 5 kg), baixa de 2% frente à média anterior e a menor desde setembro de 2020. Em valores atualizados (deflacionamento pelo IGP-DI de janeiro/21), a média da semana é 12,5% menor que a de igual período do ano passado.

Fonte: Canal Rural

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Safra de grãos de verão deve somar 23,9 milhões de toneladas

A safra de grãos de verão 2020/21 deve somar 23,9 milhões de toneladas em uma área de 6,1 milhões de hectares, segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento. Esse volume indica uma redução de 4% se comparado à safra 2019/2020. O relatório deste mês aponta que tanto o clima quanto a ocorrência de pragas reduziram a produtividade e a qualidade dos grãos em algumas das principais culturas do Estado.

Espera-se a produção de 20,34 milhões de toneladas de soja para a safra 20/21 (safra total), uma redução de 2% na comparação com a safra 19/20. Se houver melhora nas condições climáticas, a colheita do grão deve acelerar nas próximas semanas. Já a primeira safra de milho deve somar 3,2 milhões de toneladas, 7% a menos do que indicava a estimativa inicial.

Mesmo com todo o investimento realizado pelos agricultores, e a assistência técnica oferecida pelos organismos públicos e privados, a agricultura do Paraná encontra algumas dificuldades devido às condições climáticas, explica o chefe do Deral, Salatiel Turra. “Mas o Estado ainda se destaca em termos de produção e produtividade, considerando o volume expressivo estimado para a soja, principal grão exportado pelo Paraná”, diz.

SOJA – A colheita da soja avançou nas últimas semanas, mas ainda está atrasada com relação aos anos anteriores. Hoje, 8% da área está colhida, somando aproximadamente 470 mil hectares. A situação é semelhante à do mês de fevereiro de 2018, quando o Paraná tinha 9% da área colhida, o equivalente a cerca de 500 mil hectares. Os técnicos do Deral reduziram a expectativa de produtividade da soja comparativamente ao mês de janeiro, devido à seca no início do plantio e também do excesso de chuvas em dezembro e janeiro. Porém, a atual produtividade obtida está dentro da média esperada para o período, próxima da expectativa inicial, de 3.650 kg/ha.

Segundo o Deral, a produção de soja na safra 20/21 não será recorde, mas tende a ser volumosa. Se o clima colaborar nas próximas semanas, deve haver aceleração da colheita. Está prevista para esta safra a produção de 20,34 milhões de toneladas, volume 2% abaixo do produzido na safra anterior, e 1% menor do que a expectativa registrada no início do ciclo.

Por outro lado, o preço pago ao produtor ajuda a compensar essa redução, de acordo com o economista do Deral, Marcelo Garrido. Nesta semana, a saca de 60 kg de soja foi comercializada por R$ 152,14. Na mesma semana de 2020, o valor era de aproximadamente R$ 79,00.

De maneira geral, a situação da safra ainda preocupa os produtores, principalmente devido às chuvas que podem ocorrer neste momento do ciclo e afetar a qualidade do grão. Se a colheita se desenvolver bem em março, o produtor não terá problemas na sequência da safra. Com um leve avanço em comparação a janeiro, 45% da soja já está comercializada. No mesmo período do ano passado, o índice era de 29%. A tendência é de preços altos a médio prazo. “Mesmo que a produtividade não seja tão alta quanto a do ano passado, o que pode ter frustrado os produtores, temos ainda uma safra com um grande volume estimado e preços muito bons”, diz Garrido.

Apesar do atraso no plantio, o Brasil é o único país com soja disponível para comercialização no mercado internacional neste período, o que ajuda a sustentar os preços. Isso porque a demanda mundial por alimentos continua forte, especialmente em países avançados na vacinação contra a Covid-19, o que gera expectativa de retomada da demanda para o mercado. Além disso, a alta do dólar reflete no mercado interno, mantendo em alta o preço pago ao produtor brasileiro. Segundo o economista do Deral, a tendência para as próximas semanas é que os preços permaneçam em patamares elevados.

MANDIOCA – Com melhores condições climáticas, a colheita da mandioca avançou e atingiu, 8% dos 150 mil hectares plantados. A produção está estimada em 3,6 milhões de toneladas. A oferta mais alta do que a demanda influenciou os preços nos últimos dias.

FEIJÃO PRIMEIRA SAFRA – A primeira safra de feijão está se encerrando no Paraná, embora alguns núcleos regionais, como o de Campo Mourão, ainda tenham áreas para colher. Esta safra é pequena, porque o clima impactou bastante. A produção está estimada em 254,6 mil toneladas, volume 19% menor do que o colhido na safra anterior, quando o Paraná teve uma safra cheia, e 13% menor com relação ao potencial produtivo estimado no início da safra. A área estimada é de 151,7 mil hectares, próxima ao registrado no ciclo 19/20.

Entre os fatores que pesam na redução do volume esperado estão a longa estiagem que afetou o Paraná em 2020, além das chuvas representativas em outubro e em janeiro deste ano, o que também afeta o rendimento e a qualidade do grão. Os preços recebidos pelo produtor oscilam de acordo com a qualidade do produto ofertado.

Neste ano, a comercialização segue a mesma média de percentual do ano passado, mas há uma redução da oferta. Atualmente, 65% da produção está comercializada, cerca de 166 mil toneladas. No mesmo período do ano passado, esse índice chegou a 67%, com 215 mil toneladas. De acordo com o engenheiro agrônomo do Deral, Carlos Alberto Salvador, mesmo com a oscilação dos preços, os valores remuneram bem os produtores e cobrem os custos de produção.

FEIJÃO SEGUNDA SAFRA – O mercado espera uma safra satisfatória para o feijão de segunda safra no Paraná. Da área de 233,2 mil hectares prevista, cerca de 73% já está semeada, e a colheita deve iniciar em abril. Desse total, as condições das lavouras no campo são 89% boas e 11% médias.

A previsão é que sejam produzidas 460,9 mil toneladas, 72% a mais do que na safra 19/20, quando foram produzidas 268,7 mil. Nesta semana, a saca de 60 kg de feijão-cores foi comercializada por R$ 288,51, e o feijão-preto por R$ 301,09.

MILHO PRIMEIRA SAFRA – Fatores como o clima seco e a ocorrência de pragas em algumas lavouras impactam negativamente no milho da primeira safra. Embora a área, estimada em 359,7 mil hectares, seja 1% maior do que na safra passada, esses fatores reduziram a estimativa de produção. Neste momento, está prevista a colheita de 3,2 milhões de toneladas, o que representa uma redução de quase 7% se comparada à expectativa inicial, e de 11% em relação à safra 19/20.

MILHO SEGUNDA SAFRA – Estima-se a produção de 13,6 milhões de toneladas na segunda safra de milho, volume 14% superior ao produzido na safra 19/20, em uma área de 2,4 milhões de hectares, 3% maior. Mas o plantio, que atingiu 11% da área nesta semana, está atrasado comparativamente aos anos anteriores. Percentualmente, trata-se do menor índice das últimas 14 safras, o que pode gerar uma situação adversa no futuro, de acordo com o técnico do Deral, Edmar Gervásio.

Com a possibilidade de haver plantio fora do zoneamento, aumenta o risco de perdas pelos riscos climáticos, como a geada, que deve afetar principalmente o Oeste do Paraná. Os preços atuais são satisfatórios para o produtor. Na semana passada, a saca de 60 kg foi comercializada, em média, por R$ 71,00, aumento de 80% em relação ao ano passado. Nesta semana, o valor chegou a R$ 73,17. “O cenário não indica redução de preços neste momento, até porque há demanda pelo cereal”, diz o técnico.

TRIGO – Após um ritmo rápido em janeiro, a comercialização do trigo teve uma desaceleração neste mês, atingindo 92%. Isso se explica pelo fato de que os agricultores já não têm tanto produto disponível, e pela boa rentabilidade proporcionada pelos preços. A saca de 60 kg do trigo é comercializada por, em média, R$ 76,00. A concorrência com o milho safrinha altera o cenário em algumas regiões onde o preço pago pelo grão está em um patamar superior ao do trigo. “Isso faz com que o produtor não pense duas vezes antes de arriscar a plantar milho, devido à alta rentabilidade que essa alternativa pode trazer”, explica o engenheiro agrônomo do Deral, Carlos Hugo Godinho. No último ano, a valorização dos preços do milho atingiu 83%, contra 50% no caso do trigo. Ainda assim, essa cultura pode ter uma ampliação da área plantada na próxima safra, superando 1,1 milhão de hectares, especialmente se ocupar áreas antes destinadas à aveia-preta.

Neste período, as exportações de trigo estão um pouco mais avançadas do que no ano passado, o que sinaliza que o Brasil pode precisar importar um volume maior do produto, e com uma cotação em altos patamares.

CAFÉ – O levantamento do Deral indica que a safra de café no Paraná será 10% inferior à do ano passado. Estima-se um volume de 52 mil toneladas, enquanto que, na safra 19/20, foram produzidas 57,6 mil toneladas. De acordo com o economista do Deral, Paulo Franzini, a redução da área – de 34,6 mil hectares para 33,2 mil hectares – ajuda a explicar essa queda, além do clima seco que afetou a cultura em 2020.  Porém, com as chuvas de janeiro a situação foi normalizada, e os frutos estão com um bom desenvolvimento.

Quanto à comercialização, percebeu-se que, a partir de dezembro de 2020, houve uma recuperação no preço do café. Em janeiro, a saca de 60 kg era comercializada por R$ 556,99. Agora, o valor chegou a R$ 604,40. Embora este seja um preço histórico em valores nominais, o produtor não está se beneficiando totalmente, pois a maior parte do volume já está vendida. Em dezembro, o índice de comercialização atingiu 77%.

ARROZ – A produção brasileira de arroz está estimada em 11 milhões de toneladas nesta safra. Esse valor está abaixo do esperado, principalmente em função das altas cotações que o produto registrou no último ano. Mas o abastecimento não deve ser afetado, devido ao volume em estoque.

O Paraná mantém aproximadamente 20 mil hectares de área para o plantio de arroz, semelhante ao que foi destinado à cultura na safra anterior, que pode sofrer uma leve redução caso a soja, mais rentável, conquiste algumas dessas áreas de plantio.

Com produção baixa, o Estado do Paraná é um tradicional importador do produto. Na safra 19/20, foram produzidas 146,3 mil toneladas de arroz de sequeiro. Para esta safra o ciclo 20/21 está previsto um volume 2% menor, 143, 2 mil toneladas, além de 6 mil toneladas de arroz irrigado, volume 11% menor que o da safra passada. A produtividade estimada para o arroz irrigado é de aproximadamente 7,800 kg/hectare.

No Rio Grande do Sul, que comporta 70% da produção nacional e inicia a safra em março, os preços da saca de 60 kg variam entre R$ 70,00 e R$ 80,00. No Paraná, devido à escassez do produto, os preços são mais altos. A saca é comercializada por aproximadamente R$ 109,00.

No entanto, esta safra pode ser considerada boa, segundo o economista do Deral, Methodio Groxko. O Paraná continua na vice-liderança nacional, atrás apenas do Estado do Pará. “Há expectativa de que a vacina traga uma situação mais cômoda, porque, no ano passado, a pandemia fez com que muitas indústrias atuassem parcialmente, o que afetou a demanda por fécula”, explica.

Dados são do Governo do Estado do Paraná.
Fonte: Agro link.

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Mandioca plantada por agricultores familiares vira sabão no combate ao Coronavírus

Uma iniciativa da Ambev com a empresa Saponóleo Santo Antônio deve produzir 100 mil unidades de sabão de mandioca para comunidades do Maranhão.

Com o objetivo de ajudar na prevenção e combate ao Coronavírus, o projeto destinou 500 quilos de fécula de mandioca produzidas por agricultores familiares para o Governo do Estado do Maranhão, que é responsável pela distribuição à população.

A fécula de mandioca é utilizada pela Ambev para produzir a cerveja local Magnífica, mas agora tem um novo destino para uso de higiene pessoal e doméstica. Cada unidade do sabão contém 200 gramas.
“Estamos utilizando a mandioca plantada através da agricultura familiar do interior do Estado não só na produção da cerveja, mas também para contribuir com a comunidade”, diz a gerente de marketing da Magnífica, Tiemy Schneider.

Além dessa iniciativa, a fécula de mandioca produzida no Ceará e em Pernambuco também está sendo destinada para a fabricação de gomas de tapioca para abastecer comunidades destes Estados. Considerado item básico de alimentação das população locais, a tapioca deverá atender cerca de 10 mil famílias e será distribuída pelos governos.

Fonte: Revista Globo Rural.

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Quanto adubo devo usar? Aplicativo da Embrapa faz recomendação precisa

Não sabe quanto adubo sua terra precisa? O aplicativo AdubaTecdesenvolvido pela Embrapa e pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), pode ajudar. Basta preencher os campos com dados da análise química do solo e informações como sistema de cultivo, estágio de produção, clima e produtividade esperada para obter as quantidades de calcário e as recomendações, principalmente de nitrogênio, fósforo e potássio, necessárias para a cultura selecionada.

Por enquanto, o software gratuito fornece recomendações de calagem e adubação para o cultivo de mandioca e de diversas frutas, como abacaxi, acerola, banana, laranja, tangerina, limão, mamão, manga e maracujá. Segundo a empresa pública, o software tem uma interface “simples, prática e fácil manuseio” e pode ser adaptado a qualquer cultura.

Além da grande abrangência de cultivos, o principal diferencial da ferramenta em relação às similares é a possibilidade de ser adaptado facilmente a novas culturas. É necessário apenas cadastrar as variáveis do plantio desejado, sem mexer no código do sistema. Assim, não é preciso um especialista de tecnologia da informação.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

De acordo com a Embrapa, o AdubaTec aumenta o número de produtores que têm acesso a recomendações de calagem e adubação especializadas para os seus plantios e reduz o trabalho manual de pesquisadores, agrônomos e técnicos referentes aos cálculos de recomendação.

“Soluções tecnológicas como essa, que integram o escopo de ações da Embrapa no âmbito da agricultura digital, buscam mais rentabilidade e produtividade, menos custos e maior agilidade e segurança no campo”, pontua a estatal.

Após o preenchimento dos dados, o sistema fornece um relatório em PDF que descreve de forma simplificada os resultados obtidos e disponibiliza observações necessárias para a aplicação correta, tanto do calcário quanto dos fertilizantes, podendo-se inclusive selecionar a fonte do nutriente. As recomendações são baseadas no princípio dos ‘4Cs’: dose correta, fonte correta, época correta e local correto. Seriam os conhecidos ‘4Rs’ [right], em inglês.

Maior assertividade no uso de adubo

O analista do Núcleo de Tecnologia da Informação da Embrapa Mandioca e Fruticultura Luciano Pontes, que desenvolveu o sistema em conjunto com dois estudantes de Engenharia da Computação da UFRB, Lucas Henrique Araújo e Maxwell Lincoln da Silva, conta que o AdubaTec segue a lógica de oferecer mais independência ao usuário, uma tendência natural, segundo ele, no mundo de desenvolvimento de softwares.

“Fizemos uma análise-piloto, que consistiu em uma avaliação exaustiva de sua performance. A pesquisadora fez diversas análises de forma manual e comparou com os resultados obtidos via sistema, verificando que a recomendação indicada pelo software era mais precisa. E muitos ajustes foram realizados para que o sistema alcançasse a eficiência esperada”, informa Pontes.

AdubaTec é um sistema web responsivo, ou seja, adapta o seu layout ao tamanho das telas em que está sendo exibido, como de celulares e tablets. Com uma página web encarregada pela interação com o cliente, é capaz de cruzar os dados de entrada do usuário com os dados cadastrados (parâmetros) no banco de dados.

O sistema foi preparado de forma dissociada da interface a fim de que as regras de recomendação de adubação possam ser disponibilizadas em uma plataforma como serviço (AdubaAPI). “Esse potencial pode ser explorado, no futuro, para gerar diferentes produtos integrados a equipamentos ou softwares que automatizam os processos de análises de solos de laboratórios”, afirma Pontes. “Há um potencial de parceria com startups de agtech [termo utilizado para se referir a empresas de tecnologia aplicada ao agronegócio], visando a novos mercados na análise de solos,” declara.

Fonte: Canal Rural

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Bejú, beiju ou biju: Conheça esse alimento que deu origem à Tapioca

Hoje famosa, muita gente não sabe que a tapioca foi inspirada a partir do preparo do bejú, esse alimento milenar de origem indígena. A tapioca na verdade é um bejú.

O bejú, também conhecido como beiju ou biju, nada mais é do que um derivado da mandioca, feito através da fécula, amido extraído da raiz, também chamado de polvilho doce ou goma, dependendo da região do Brasil. A partir da fécula, também se obtém a farinha de tapioca, cujo a consistência é mais granulada.

Com esse polvilho, um pó branco, fino, inodoro, insípido e que produz ligeira crepitação quando friccionado entre os dedos, é possível fazer diversas preparações, como mingaus doces ou salgados, bejús, tapiocas, pão do índio, chibé.

Quando a mandioca é nova, são ótimas assadas ou cozidas, mas depois de 06 meses, quando ficam bem duras, são bem aproveitadas para fazer farinha e fécula.

Segundo o pesquisador da USP, Alessandro Alves-Pereira, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, (Esalq), a mandioca foi domesticada há mais de 9 mil anos no Brasil a partir do sudoeste da Amazônia, disseminando-se entre as etnias indígenas que viviam por aqui.

Fernão Cardim, no livro Tratados da Terra e Gente do Brasil, descreve suas impressões sobre a mandioca e os saberes indígenas:

“Contém muitas espécies e todas se comem destas raízes exprimidas e se faz a farinha, e uns certos beijus como filhós, muito alvos e mimosos. Esta mesma raiz depois de curtida na água feita com as mãos em pilouros se põe em caniços ao fumo, onde se enxuga e seca de maneira que se guarda sem corrupção (…) piladas em uns pilões grandes, fica uma farinha tão alva, e mais que de trigo, da qual misturada em certa têmpera com a crua se faz uma farinha biscoitada que chama de guerra, que serve aos índios e portugueses pelo mar, e quando vão a guerra como biscoito. Desta mandioca curada ao fumo se fazem muitas maneiras de caldos que chamam ‘mingaus’, tão sadios, e delicados que se dão aos doentes de febres em lugar de amido, e tisanas, e da mesma se fazem muitas maneiras de bolos, coscorões, tartes, empenadilhas, queijadinha de açúcar, etc.”

O verdadeiro popular

Entre os brasileiros, mais popular e antigo é o biju, famoso biscoito doce em forma de canudo, geralmente vendido em mercados de cereais ou nos faróis de grandes cidades ou nas praias, principalmente no Nordeste.

Esse tipo de biju é uma delícia, lembra muito o bejú indígena na aparência e principalmente se for feito com polvilho doce, porque alguns são feitos de farinha de trigo, mas no sabor, parece mesmo é um biscoito crocante com bastante açúcar e manteiga. De qualquer maneira, fazendo jus ao nome, a origem desse doce tão comum está no preparo indígena, que foi incorporado à vida cotidiana do brasileiro, tão incorporado, que por vezes nem lembramos qual sua raiz ou identidade.

Fonte: GreenMe

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Indústria paranaense produz 70% da Fécula de mandioca do país

Produto de valor agregado, a fécula é usada na fabricação de comprimidos, pasta de dente, embutidos, papel, cola. Paraná é também o segundo maior em produção da raiz e detém o maior e mais moderno parque industrial de fécula e de farinha de mandioca

O Paraná é o maior produtor brasileiro de fécula de mandioca. O Estado ocupa a segunda colocação na produção da raiz, atrás apenas do Pará. Mas está localizado aqui o maior e mais moderno parque industrial de fécula e de farinha de mandioca do Brasil.

O cultivo da raiz é um dos maiores geradores de mão de obra no campo, já que a colheita é quase toda manual. A concentração da produção está sobretudo no Noroeste, abrangendo também as regiões Oeste e Centro-Oeste.

Methodio Groxko, técnico do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria Estadual da Agricultura e do Abastecimento, explica que em 2019 o Brasil produziu 509 mil toneladas de fécula de mandioca, sendo 70% proveniente do Paraná.

A produção da raiz, lembra Groxko, se expandiu depois da geada negra de 1975. “Com as plantações de café dizimadas, havia muita terra e muita mão de obra disponível. Foi assim que a cultura da mandioca ganhou força no Estado”, explica.

De acordo com dados do Sindicato da Indústria de Mandioca do Paraná (SIMP), hoje existem cerca de 50 fábricas de fécula, que normalmente têm outros produtos, como a farinha e a tapioca.

Guido Bankhardt, diretor do SIMP, destaca que as empresas produtoras empregam diretamente, em média, 100 pessoas e outras 150 indiretamente. “É uma cadeia que gera muita mão de obra. E a produção paranaense abastece todo o mercado nacional”, afirma.

A Amidos Bankhardt, localizada em Paranavaí, existe há 15 anos e produz fécula. São 50 funcionários e produção mensal de 1,25 toneladas, sendo que a maior parte é destinada a outras indústrias de transformação. “A fécula de mandioca tem diversas utilidades. Além do consumo alimentar, o produto é usado na produção de comprimidos, pasta de dente, em embutidos, fabricação de papel, cola”, explica Guido Bankhardt, proprietário da empresa.

Cleia Bankhardt Satin da Silvacoordenadora de recursos humanos da empresa, diz que há pouco tempo a empresa começou a investir numa marca própria. “Iniciamos a embalagem de produtos em sacos de um e meio quilo. Hoje, nossos produtos estão mais presentes aqui na região, mas nosso projeto é coloca-los em todo o mercado nacional”, afirma.

Em Terra Rica está instalada a Farinheira Roders, de origem catarinense, desde 1997 presente no Paraná. O proprietário Vilmar Roders explica que são produzidas mil toneladas de farinha por mês, sendo que 60% são destinados à exportação.

“Temos nossa marca própria presente, sobretudo, aqui na região e em Santa Catarina, onde a Roders possui mais tradição. Mas hoje nosso carro-chefe é a exportação”, afirma.

A fábrica mói 200 toneladas de mandioca por dia e mantém cerca de 400 alqueires plantados com a raiz. Cerca de 50 famílias cuidam da colheita do produto que não tem época de safra e acontece durante todo o ano.

ECONOMIA

Uma das principais vantagens da indústria de fécula e farinha de mandioca é a autossuficiência. Quando a raiz chega da lavoura, passa por uma série de lavagens, perde a casca e está pronta para começar a ser processada. A água da lavagem e a casca da raiz vão para a produção de biogás, que é usado como combustível nas caldeiras das indústrias, reduzindo drasticamente o consumo de energia elétrica.

Adair dos Santos, técnico químico da Bankhardt, explica que, depois de gerado o biogás, a água da lavagem da mandioca é utilizada na fertirrigação da lavoura, servindo como adubo para as pastagens. “Nossa produção de biogás tem sido tão grande que estamos estudando a compra de um gerador para usar este excedente, transformando o biogás em energia elétrica”, afirma.

Vilmar Roders, da Farinheira Roders, explica que todo o excedente da produção da farinha é vendido para alimentação animal. “Instalamos na fábrica placas solares que, junto com o biogás, permitiu que nossa conta mensal de energia elétrica passasse de R$ 60 mil mensais para R$ 8 mil. Temos os equipamentos mais modernos que garantem um processo produtivo limpo e com o mínimo de desperdícios possíveis”, explica.

FEITO NO PARANÁ

Criado pelo Governo do Estado, e elaborado pela Secretaria do Planejamento e Projetos Estruturantes, o projeto busca dar mais visibilidade para a produção estadual. O objetivo é estimular a valorização e a compra de mercadorias paranaenses, movimentar a economia e promover a geração de emprego e renda.

Empresas paranaenses interessadas em participar do programa podem se cadastrar pelo site http://www.feitonoparana.pr.gov.br/

Fonte: Correio do Cidadão.

 

 

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Desenvolvida primeira Mandioca rica em ferro

Pela primeira vez, uma equipe internacional de cientistas, liderada por Narayanan Narayanan, Ph.D., Cientista Principal de Pesquisa, e Nigel Taylor, Ph.D., Associate Fellow e Dorothy J. King Distinguished Research Fellow do Donald Danforth Center for Plant Sciences, e seus colaboradores na Nigéria, liderados por Ihuoma Okwuonu, Ph.D., do National Root Crops Research Institute, em Umudike, Nigéria, e do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, desenvolveram mandioca que mostra um alto nível de resistência à doença do mosaico da mandioca (DMC), doença da estria marrom da mandioca (CBSD), bem como níveis mais elevados de ferro e zinco.

Esta é a primeira vez que resistência a doenças e características múltiplas de biofortificação foram combinadas dessa forma em uma cultura sem cereais. Opesquisafoi publicado recentemente no Plant Biotechnology Journal . Os coautores incluem Getu Beyene, Ph.D., Raj Deepika Chauhan, do Danforth Center, e Michael A. Grusak, Ph.D., do Centro de Pesquisa Agrícola de Red River Valley do USDA-ARS em Fargo, Dakota do Norte.

A pesquisa é baseada em um estudo de 2019 publicado na Nature Biotechnology , o que mostra que era possível aumentar o conteúdo mineral das raízes de armazenamento de mandioca. A tecnologia mediada por RNA de interferência (RNAi) foi usada para atingir resistência à CBSD em duas cultivares preferidas por agricultores da África Oriental e duas da Nigéria, juntamente com os transgenes AtIRT1 (principal transportador de ferro) e AtFER1 (ferritina) para atingir níveis nutricionais, ferro e zinco níveis em raízes de reserva de mandioca (145 e 40 µg / g de peso seco, respectivamente).

A resistência inerente ao CMD foi mantida em todos os quatro cultivares de mandioca enriquecidos com minerais, resistentes a doenças, demonstrando que esta técnica poderia ser implementada em múltiplas variedades preferidas pelos agricultores para beneficiar a segurança alimentar e nutricional dos consumidores na África.

Fonte: Agrolink

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