“Eu tinha cinco anos na época. Meu pai mexia com gado de leite e ficou desnorteado. O pouco que tinha foi acabando. Tentou fazer queijo, criar porcos, piscicultura, mas sem dinheiro para investir, não dava certo. Em 1994, ele pegou o pouco dinheiro que tinha e fomos para Cuiabá (MT). Gastou tudo o que tinha por lá e só ficou com o dinheiro da volta. Quando voltamos, não tínhamos dinheiro para nada, nem para fazer feira. Um dia, em desespero, ele foi para um canto e orou. Teve a intuição de que deveria vender goma de mandioca”, conta Alberto Gonçalves de Brito Junior, filho do Sr. Alberto e mandiocultor.
O trabalho começou manual, com muita dificuldade e persistência. Levava 1000 kg na mala até Campina Grande, descarregava sozinho e aos poucos começou a vender toda a produção. O Sr. Alberto comprava a fécula de outros produtores até que começou a plantar mandioca.
A produção aumentou tanto que ele construiu uma fábrica em Lagoa Salgada (RN), batizada de Delícias Potiguar, e expandiu a venda para outros estados nordestinos.
Junior, como o filho é mais conhecido, considera o pai um guerreiro e um ídolo, já que ele nunca desistiu, batalhou e conseguiu criar os filhos, mesmo com todos os percalços e dificuldades financeiras.
“Ele é meu ídolo. Sempre foi e sempre vai ser. Hoje somos adultos, temos nossas famílias e estamos ao lado dele. Aos 70 anos, meu pai ainda está na batalha. É um nordestino de verdade”, elogia o filho.
A força de vontade de vencer, apesar da realidade difícil da seca é o que dá fibra ao nordestino para não desistir e vencer, segundo Junior, que hoje está à frente dos negócios.
“Tudo o que eu via meu pai fazer, eu queria fazer também. Sempre estive próximo, observando o que ele fazia para aprender com ele. Sempre estivemos juntos e crescendo. Fui atrás de inovações também: o melhor produto, o melhor maquinário, a certificação de orgânicos e outras”, conta.
Referência em sustentabilidade e tecnologia
Segundo Junior, a tecnologia hoje está presente em 80% do processo produtivo da mandioca e da goma.
E apesar de a Delícias Potiguar ser toda automatizada, a preocupação com o meio ambiente é uma das prioridades de Junior, que dá passos para tornar a fábrica e a fazenda 100% sustentáveis.
O empreendedor conta que os resíduos da produção da goma de tapioca são usados para fazer ração animal. A água que sai da mandioca passa pelo biodigestor e se transforma em gás que alimenta os geradores de energia elétrica da fábrica. Parte dessa água também é usada para irrigar e adubar a plantação de mandiocas – tudo de forma orgânica.
“70% da energia vem do biodigestor e 30% é energia solar”, conta Junior, “até quando a plantação pega alguma lagarta, não usamos defensivos, resolvemos o problema no campo, com vespa. A gente compra ovos de vespa e ela fecunda o ovo da lagarta e resolve o problema sem agredir o meio ambiente”.
Na hora do trabalho e do lazer, o Trailblazer também ajuda o produtor rural, que elogia a versatilidade do veículo, uma vez que pode ser usado no campo e na cidade com conforto e desempenho.
“É um carro excelente. Cabem até sete pessoas e dá para levar um monte de coisas. Sem contar que é da Chevrolet, uma das melhores marcas do Brasil”, elogia.
Futuro nas mãos da família
Junior tem um filho que está prestes a se formar em Administração de Empresas e que já atua na Delícias Potiguar há quatro anos.
“Assim como fiz com meu pai, ele está fazendo comigo, acompanhando, olhando, aprendendo, com a diferença de que ele tem a tecnologia a favor dele. Tem total capacidade para melhorar e tocar esse negócio com humildade, pé no chão, força de vontade e coragem. Esse é o tempero para dar certo”, conclui.
Nome completo: Alberto Gonçalves de Brito Jr.
Idade: 40 anos
Cidade e Estado: Serra Caiada, Rio Grande do Norte
O que cultiva: mandioca, que gera a tapioca
Produtividade: 200 toneladas de mandioca /dia ou 40 toneladas de tapioca / dia
Fonte: https://g1.globo.com/especial-publicitario/chevrolet/na-estrada-com-quem-faz/noticia/2022/01/28/versatil-mandiocultura-garante-sustento-de-familia-ha-tres-geracoes.ghtml