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Como usar corretamente a Manipueira

A manipueira é um líquido de cor amarelada que sai da mandioca depois que ela é prensada, durante a processo de fabricação da farinha.

Despejada na natureza, a manipueira provoca a poluição do solo e das águas, causando grandes prejuízos ao meio ambiente e ao homem. Esse despejo pode e deve ser evitado com a utilização de técnicas corretas de manejo da casa de farinha.

Veja as formas de aproveitamento da manipueira:

  • Adubo:

A manipueira pode ser utilizada para fertilizar o solo, tornando-o mais rico em nutrientes e servindo também para controlar os vermes que prejudicam o desenvolvimento das plantas. O uso no solo deve ser feito 24 horas após sua produção.

Para fertilizar o solo recomenda-se a diluição na água na proporção de 1 para 1. Aplicar de 2 a 4 litros por metro de sulco de cultivo, deixando o solo descansar por 8 ou mais dias após a aplicação. Para a semeadura, deve-se revolver bem o solo.

Para fertilização foliar, recomenda-se diluição de 1 para 6 ou mais (1 litro de manipueira para 6 ou mais litros de água). Pulverizar as folhas das culturas com o líquido diluído. Fazer 1 aplicação por semana (mínimo 6 semanas / máximo 10 semanas).

  • Pesticida:

Pode-se pulverizar 3 ou mais vezes sobre a plantação, com descanso de 1 semana entre cada aplicação. O agricultor deve realizar testes numa pequena área do cultivo, para saber a dosagem ideal para a plantação.

– Controle de pragas: em fruteiras maiores como laranjeiras, limoeiros, goiabeiras e mangueiras, recomenda-se pulverizar diluições de 1 para 1.

 Controle de insetos: nas plantas de pequeno porte, como maracujazeiro ou abacaxi, pode-se pulverizar uma diluição de 1 para 2.

– Como carrapaticida: na pulverização de rebanho, com 3 aplicações semanais. Recomenda-se diluições de 2 para 2 acrescidos de 1 litro de óleo vegetal.

– Culturas de hortaliças: para berinjela, pimentão e tomate, recomenda-se pulverizar diluições de 1 para 3 ou mais.

– Controle de formigas: é recomendado despejar 1 litro de manipueira pura em cada olheiro, que depois deve ser fechado.

  • Vinagre:

Coar a manipueira 2 vezes com um pano limpo, colocar no decantador e, depois, deixar ao sol, sem tampar o recipiente, por um período de 15 dias. Depois disso, se deve abrir a torneira e retirar o líquido puro obtido (vinagre), tendo o cuidado de não agitar o material depositado no fundo do decantador. O vinagre deve ser coado e colocado em garrafas PET limpas e com tampas, para evitar a evaporação.

Dica importante para adicionar essência de frutas ao vinagre: antes de colocar a manipueira no decantador, misture as frutas picadas e amassadas com um garfo.

  • Tijolos:

A grande vantagem do processo de fabricação de tijolos com manipueira é ser ecologicamente correto, pois não consome água, nem há necessidade de ir ao forno, economizando importantes recursos naturais.

Fonte: Sebrae.

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Clima seco dificulta a colheita da Mandioca e preço sobe

O clima seco em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea tem reforçado as dificuldades em se avançar com a colheita da mandioca – em algumas praças, inclusive, verifica-se interrupção das atividades. Além disso, alguns mandiocultores já comercializaram todas as lavouras com mais de 15 meses (segundo ciclo) e não mostram interesse pela entrega daquelas mais novas. Do lado das indústrias, a demanda está firme. Esse cenário tem elevado a disputa pela matéria-prima e resultado em novas altas nos preços da raiz de mandioca.

Fonte: CEPEA.

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Agricultores do PR reduzem produção de mandioca com alta de custos

Agricultores do Paraná estão diminuindo a produção de mandioca diante do aumento de custos. O estado é o segundo maior produtor, depois do Pará.

O produtor Vanderley Foz de Oliveira, de Paranavaí, diz que, depois de mais de 30 anos cultivando a raiz, acumulou dívidas nas últimas safras e teve que vender bens e fazer financiamentos para continuar o plantio. Sua área de cultivo caiu 60%.

“Essa pandemia judiou muito a gente. Os insumos, o óleo diesel, o boia-fria. O arrendamento está super caro, está caro demais. Se não der um preço na mandioca, vamos tentar reduzir 50%”, diz Oliveira.

A Associação Brasileira de Produtores de Amido de Mandioca estima que a produção da raiz será 30% menor na safra 2021/2022.

Clique abaixo e confira matéria completa:

Fonte: Globo Rural

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Oferta de mandioca diminui e sustenta cotações

Parte dos agricultores que já finalizou a semeadura do milho se mostra interessada na comercialização de mandioca. Porém, muitos já diminuíram o ritmo das entregas, seja pelo clima mais seco ou até mesmo por considerarem que os atuais patamares de preços da raiz não remuneram a atividade. A demanda pela matéria-prima, por sua vez, foi menor ao longo da semana passada.

Levantamento do Cepea mostra que, entre 29 de março e 1º de abril, o valor médio a prazo da mandioca posta fecularia foi de R$ 412,85/tonelada, alta de 0,35% em relação à da semana anterior. Ainda assim, a média de março ficou 17,4% inferior à de março/20, em termos reais (valores corrigidos pelo IGP-DI).

Fonte: Cepea

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Mandioca: Com oferta ampla e demanda fraca, cotações em reais estão 19% mais baixas que no mesmo período em 2020

De acordo com informações de Fábio Isaias Felipe, o mercado da mandioca passa por um período de pressão nas cotações. Os dados mostram que, em reais, o preço da mandioca está 19% mais baixo que o mesmo do ano passado.

“Esse cenário começa a se desenhar de fato no último trimestre do ano passado, quando tivemos um aumento expressivo na oferta de mandioca. Na virada do ano, esse cenário continuou. Então desse modo, houve uma oferta bastante expressiva na indústria, exceto em janeiro que os trabalhos no campo foram diminuídos por conta da questão climática, mas a partir de fevereiro a oferta veio bastante elevada”, comenta

O setor observou ainda um recuo na demanda, que acabou não sendo compensado pelo segmento industrial. “Então do lado a gente tem uma oferta crescente de matéria prima e por outro lado a gente tem uma demanda um pouco mais retraída pelos derivados”, acrescenta.

O pesquisador alerta ainda que o período de preços baixos preocupa para a próxima safra, que deve ter o início do plantio entre maio e setembro. Segundo ele, o produtor tem observado a rentabilidade de outras culturas, sobretudo no centro-sul do Brasil. “Isso pode ter algum impacto negativo na área que vai ser plantada esse ano, e tendo esse cenário de preços baixos e preços bastante favoráveis em outras culturas, temos  uma pressão sobre a área ser plantada”, diz.

 

Fonte: O nortão

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Nova geração do Agronegócio cria startups para unir campo e tecnologia

Os filhos de produtores rurais que saem do campo para estudar e depois voltam para as fazendas, trazendo tecnologias e ferramentas de gestão, não se destacam apenas ao assumir o comando das propriedades da família. Esses jovens também estão criando startups voltadas ao agronegócio, oferecendo soluções para problemas que conhecem de perto.

A catarinense Horse Machine, por exemplo, foi fundada por Guilherme Kieling e Cleomar Matuchaki e cria máquinas que ajudam nas colheitas de pequenas propriedades da Região Sul do País.

Já a mineira Mariana Vasconcelos, da Agrosmart, coleta e analisa dados para irrigação de plantações. Eduardo Rezende, também do interior de Minas, desenvolveu com a Agrosolutions um sistema de gerenciamento de propriedades rurais. No caso do gaúcho Elias Sgarbossa, da Z2S Sistemas, do Rio Grande do Sul, a ideia foi criar um sistema que automatiza a limpeza de ordenhadeiras.

Segundo pesquisa da Agtechgarage, as startups voltadas para o campo se concentram em São Paulo, Minas Gerais e Paraná. E a maioria oferece serviços de suporte à agricultura de precisão (como dados que ajudam o produtor a definir a quantidade de defensivos a ser aplicada), internet das coisas (IoT) e gestão agrícola.

Com os resultados positivos do agronegócio, mesmo depois da pandemia do novo coronavírus e em um momento de crise para os demais setores, as pessoas estão digitalizando suas fazendas. Mas alguns clientes também sentiram os impactos da covid-19. “Por mais que o produtor tenha segurado a receita e tenha tido um aumento da produtividade, muitos investimentos para inovação acabaram sendo represados”, avalia Rezende.

Ainda assim, esses empreendedores sentem que há um aumento no número de jovens iniciando negócios no campo e que o interesse das novas gerações em desenvolver projetos de tecnologia sinaliza a força do agronegócio. A seguir, algumas dessas histórias.

“Muita fazenda não se vê como empresa”

Eduardo Rezende, de 35 anos, é filho e neto de produtores de café, eucalipto e criadores de gado no interior de Minas Gerais. Cresceu na fazenda, mas com um pé na tecnologia. Ele chegou a morar em grandes cidades antes de voltar ao campo, mas via desde cedo que uma das principais barreiras, em um contexto de aumento da competitividade, era a baixa profissionalização da gestão das propriedades.

Quando criou a startup Agrosolutions, há seis anos, empresa que oferece um sistema de gestão agrícola para os produtores rurais, ele, que é formado em ciência da computação, já mirava nas próximas gerações do campo, por perceber que a sucessão familiar e o aumento da participação dos filhos de proprietários no cotidiano das fazendas fariam crescer também a demanda por tecnologia.

Além de ser um exemplo desse movimento, ele vê na prática que as propriedades rurais estão se digitalizando impulsionadas pela nova geração. “Muitas fazendas ainda têm uma estrutura muito familiar, não é como uma empresa, em que a parte financeira e contábil, por exemplo, são organizadas. Tudo acaba ficando na mão do produtor, que na maior parte das vezes não tem familiaridade com tecnologia. E é preciso melhorar a conectividade no campo.”

Mas ele lembra que também está aumentando o perfil de produtores que se interessam por implementar outras técnicas de inovação em suas terras, como o uso de drones e de análise de solo por geolocalização, e esse é o público-alvo das startups voltadas para o agronegócio.

Com a tecnologia cada vez mais presente no cotidiano das fazendas, a gestão agrícola deve ganhar espaço. E em vez de tentar convencer o produtor mais velho, Rezende foca no produtor mais jovem que busca por ferramentas para aumentar a eficiência. “No começo, era difícil explicar os ganhos de produtividade que a gestão agrícola trazia a alguns produtores mais tradicionais. Com o aumento de participação das gerações mais jovens na tomada de decisões, tem ficado mais fácil vender o nosso serviço.”

Ao adotarem um sistema de gestão agrícola, as propriedades conseguem organizar processos internos, evitar a perda de produtos no estoque, fazer um controle melhor de pedidos de insumos e defensivos e ter ganhos de precisão. A fazenda é enxergada como uma empresa convencional, e o sistema controla desde o recebimento de produtos até o controle de manutenção das máquinas.

No caso de Rezende, a propriedade da família foi o campo de provas da plataforma. Hoje, ele presta serviço para 60 fazendas, de agricultores de café a pecuaristas. “Mas a demanda é muito maior. Nem 5% das propriedades hoje têm um sistema de gestão. Mas nos próximos anos, conforme as novas gerações forem assumindo o controle das fazendas, as plataformas vão ganhar espaço. Ainda há muito chão a percorrer para a tecnologia no agro.”

“Tecnologia 4.0 também cabe no agronegócio”

Crescendo em uma família de produtores de milho e de pastagens, Mariana Vasconcelos, de 29 anos, viu de perto o aumento da demanda por tecnologia no campo. “E o produtor hoje, além dos problemas corriqueiros, tem de lidar com o desafio de ao mesmo tempo ter de aumentar a produção de alimentos e contornar a falta de água e as mudanças climáticas”, diz.

Mariana lembra que o clima sempre foi uma das principais preocupações do produtor rural – desde a infância, ela ouvia os pais reclamarem da chuva que veio de surpresa ou do tempo seco mais longo do que se esperava. Além disso, o uso de dados para implementar práticas sustentáveis na lavoura era quase ficção científica.

“Cresci no campo, acompanhando meu pai, que é produtor no sul de Minas Gerais. As dificuldades na hora de tomar uma decisão são muitas e o caminho era sempre o de confiar na intuição ou observar o que o vizinho estava fazendo”, conta.

Ao se formar em administração, ela passou a se perguntar como trazer mais tecnologia para a propriedade dos pais e para o círculo social deles. “Por que a gente não usa as tecnologias 4.0 para o agronegócio? O setor de tecnologia ainda tem muito a evoluir no País, mas o Brasil é autoridade no agronegócio. A intenção era juntar esses dois mundos.”

Ela, que foi reconhecida em listas de jovens de destaque, como a de talentos com menos de 30 anos da revista

Forbes, é uma das fundadoras da Agrosmart, startup que oferece serviços de agricultura de precisão, como estudo de solo e clima para aumentar a eficiência da propriedade e reduzir custos. “Por muito tempo, cultivou-se a ideia de que a vida melhor estava na cidade e o importante era estudar para sair do campo. Isso está mudando.”

Fundada em 2014, a empresa atende cerca de 800 mil hectares ou mais de 4 mil produtores. Com o serviço, que é oferecido a partir de R$ 99 por mês, algumas fazendas conseguiram reduzir em até 60% o uso de água, 40% o de insumos e aumentar a produção em até 20%.

“Meu futuro estava na cidade, mas isso mudou”

Quando o filho de ex-criadores de gado e produtores de grãos Elias Sgarbossa, de 28 anos, começou a faculdade, a ideia era não voltar para o campo, relembra o gaúcho de Ibiraiaras. “Até meus pais diziam que a atividade rural era muito sacrificante, sem descanso e que dava pouco lucro. O futuro parecia estar na cidade. Mas, aí, tudo mudou.”

Ele conta que, já no começo da graduação, percebeu que poderia aplicar na propriedade da família o conhecimento técnico que estava recebendo e ajudar o pai a rever métodos de trabalho, aumentar a produtividade e a lucratividade – e ainda vender soluções para outros produtores da região.

A família tinha muito trabalho com a limpeza dos equipamentos de ordenha, feito duas vezes por dia. O processo levava em torno de 30 minutos e era preciso cumprir diferentes parâmetros, como a temperatura da água e a quantidade utilizada de detergente.

O engenheiro desenvolveu, então, um sistema que automatiza a limpeza das ordenhadeiras. “Era preciso ter uma limpeza eficiente, para que a qualidade não caísse e evitar uma queda no preço cobrado pelo leite.” Há cinco anos, ele protocolou o pedido de patente do protótipo e criou a startup Z2S Sistemas, com ajuda de um professor e de um colega da faculdade.

“Era um problema crônico de vários pequenos e médios produtores. Já existiam soluções para isso, mas que não eram totalmente automatizadas. Em algum momento, o produtor precisava estar lá durante o procedimento para acompanhar a limpeza. Com o nosso sistema, a limpeza é automática.”

A propriedade da família serviu de teste para o equipamento, e a contagem bacteriana total (CBT) do leite, que é um dos indicadores de qualidade, baixou de 40 mil para 2 mil. Com esse resultado, os produtores passaram a receber R$ 0,06 a mais por litro. O processo completo de limpeza passou a ser feito em 20 minutos e a startup de Elias, que já tem três equipamentos instalados, agora está em processo de captar investimentos.

“Família foi cobaia dos nossos equipamentos”

Ofilho de pecuaristas gaúchos Guilherme Kieling e o catarinense Cleomar Matuchaki, filho de produtores de tabaco, tinham em comum o objetivo de criar tecnologia a um custo baixo o suficiente para caber no bolso de pequenos agricultores.

“A propriedade da família é pequena. E, desde cedo, sempre ouvia que tinha de estudar, para poder sair do campo”, diz Kieling. “Sempre fui curioso e me interessei por máquinas. Daí, me perguntei: será que posso transformar isso em um negócio útil para o produtor?”

Com esse objetivo, eles fundaram há pouco mais de um ano a startup Horse Machine no interior de Santa Catarina, que desenvolve máquinas voltadas especialmente para os pequenos produtores de frutas – um público expressivo na região. A empresa é parte de uma incubadora local e se prepara para captar investimentos fora.

“Existe uma grande oferta de tecnologia para os grandes proprietários. Mas os pequenos não têm acesso a esses equipamentos. Nosso objetivo era melhorar a oferta para esses pequenos agricultores que têm problemas parecidos com os dos nossos pais”, diz Kieling.

Ele conta que começou a testar as primeiras máquinas há pouco mais de dois anos. “Amigos do interior e a própria família foram as cobaias. A partir delas, íamos fazendo ajustes e divulgando o produto.”

Hoje, são mais de 20 modelos projetados, sendo quatro tipos de máquinas que ainda não eram oferecidas aos produtores. Esses equipamentos ajudam na cultura da maçã, forte na região de Criciúma e São Joaquim, no interior catarinense.

“Era uma cultura que a gente não conhecia de perto, mas nos aproximamos de produtores locais, que nos contavam as demandas que tinham. Uma das máquinas, por exemplo, coleta os galhos, o que era feito manualmente, de forma lenta.”

O trabalho que levava uma manhã inteira, agora é concluído em uma hora. Uma das empilhadeiras é vendida por um quarto do preço de uma convencional e as máquinas deles, que custam a partir de R$ 2 mil, estão operando em mais de cem propriedades.

Fonte: InfoMoney.

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Mesmo com oferta restrita, preço da Mandioca se mantêm em baixa

Parte dos agricultores passou a priorizar a colheita da soja ou a semeadura do milho em algumas regiões, e os mandiocultores que cultivam as raízes em áreas próprias diminuíram o ritmo das entregas por conta dos preços atuais, que não têm remunerado como o esperado, segundo esses agentes consultados pelo Cepea. Como resultado, a oferta esteve limitada nos últimos dias, visto que somente os produtores que ainda têm áreas arrendadas a entregar nos próximos dois meses focaram na colheita da raiz. Mesmo assim, os preços continuam em queda. Entre 15 e 19 de março, o valor médio nominal a prazo para a tonelada de mandioca posta fecularia foi de R$ 407,41 (R$ 0,7085 por grama de amido na balança hidrostática de 5 kg), baixa de 2,3% na comparação com a da semana anterior. A média atual está 18,9% menor que a do mesmo período de 2020, em valores atualizados (deflacionamento pelo IGP-DI de fevereiro/21)

Fonte: Cepea.

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Pesquisadores desenvolvem Tapioca colorida rica em vitamina A

Alimento típico nas regiões Norte e Nordeste, a tapioca se tornou popular na mesa de brasileiros de todo o país nos últimos anos, passando a integrar, inclusive, o cardápio da merenda escolar em várias instituições públicas de ensino. Mas como tornar essa iguaria, rica em amido, também rica em micronutrientes?

Foi buscando uma solução para essa pergunta que pesquisadores do Centro de Tecnologia e Desenvolvimento Regional (CTDR) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) desenvolveram uma pesquisa que virou tema da tese de doutorado, defendida no último mês de fevereiro, da tecnóloga de alimentos Gisleânia Parente, do Programa de Pós-Graduação em Ciências e Tecnologia de Alimentos (PPGCTA/CTDR).

O intuito do estudo, dividido em três etapas, foi oferecer mais uma opção para a merenda nas escolas, com uma tapioca fortificada que chama mais a atenção do público infantil por ser colorida. Professora do PPGCTA e coorientadora da pesquisa, Ana Luísa Braga explicou que a ideia de tornar a tapioca mais nutritiva começou no CTDR em 2014, com projetos para fortificação de alimentos regionais.

Na época, o alimento foi enriquecido com micropartículas de ferro, elemento cujo deficit é comum em crianças em vulnerabilidade social, bem como o deficit de vitamina A. “A tapioca é um alimento que a criança consome e que tem amido, que absorve bem micronutrientes. Então fortificar as crianças por meio da merenda escolar é uma forma eficaz de compensar esse deficit de vitamina A”, explicou a professora.

A autora da tese contou que, inicialmente, foi realizado um estudo para caracterização da goma e das melhores condições de produção da goma da tapioca. Foi, então, proposta uma definição científica da tapioca e suas características, classificação que ainda não existia na literatura acadêmica.

Além da proposta inovadora da definição científica do que é tapioca, outro resultado inovador está relacionado ao estudo dos sistemas com alta concentração de amido. “Até hoje, ninguém no mundo, em termos de literatura científica, conseguiu estudar sistemas de amido com mais de 25% de amido, e nós fizemos isso com a tapioca, que tem entre 40 e 45% de amido”, acrescentou a coorientadora do estudo.

Numa segunda etapa da pesquisa, que faz parte do programa de internacionalização do CTDR, ocorreu a caracterização da goma de tapioca, em parceria com a Universidade de Minessota, nos Estados Unidos, e com o Departamento de Engenharia de Materiais da UFPB, por meio do pesquisador Sandro Marden, que hoje preside a Agência UFPB de Cooperação Internacional.

Em uma terceira e última etapa da pesquisa, foi desenvolvida uma micropartícula de carotenoides (que se transformam em vitamina A), a partir do suco da cenoura, que foi aplicada à goma de mandioca, resultando, assim, em uma tapioca fortificada com carotenoides, que pode contribuir para a redução da deficiência em vitamina A. “O suco é perecível, então como estraga rápido, a indústria precisaria de espaço para armazenar esse suco. Então, foi transformado em pó, por meio de uma tecnologia aplicada que vai facilitar a produção em pequena escala”, explicou a autora Gisleânia Parente.

De cor alaranjada, a tapioca produzida na pesquisa não apresentou mudanças nas propriedades a que os consumidores estão acostumados. A textura e a elasticidade permaneceram iguais, mas a permanência do sabor característico não foi objeto de estudo da pesquisa.

Com o estudo, a intenção é tornar a produção de goma de mandioca fortificada uma tecnologia social que seja amplamente utilizada, não apenas por grandes indústrias mas também por pequenas empresas e cooperativas. De acordo com a autora, o estudo contribui para gerar redução de custos e do tempo na produção da tapioca, em virtude da utilização de menos água no processo de adição de água ao amido da mandioca.

“Esse estudo fornece base sistemática para que a indústria e a fabricação artesanal de goma de mandioca possam padronizar a elaboração da mesma com quantidade ideal de água adicionada e menor tempo de produção”, informou Gisleânia.

O desenvolvimento das micropartículas de carotenoide está em processo de patenteamento junto à Agência de Inovação Tecnológica da UFPB (Inova). A comercialização do invento atende às áreas de Tecnologia de Alimentos e de Gastronomia, podendo interessar a empresas que desenvolvem micropartículas ou a produtores de goma de tapioca, por exemplo.

Fonte: WSCOM.

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Produtor segue intensificando a colheita de Mandioca e preços continuam em queda

Agricultores continuam intensificando a colheita de mandioca em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea, devido à necessidade de liberação de áreas ou para se capitalizar. Na semana passada, os trabalhos no campo foram favorecidos pelas boas condições climáticas, e a oferta voltou a crescer. Ao mesmo tempo, a demanda de parte da indústria de fécula para moagem aumentou.

No geral, porém, as cotações seguem pressionadas, visto que a oferta tem se sobressaído à procura. Na semana passada, o valor médio nominal a prazo da tonelada de mandioca posta fecularia foi de R$ 416,81 (R$ 0,7249 por grama de amido), queda de 1,9% frente ao período anterior, a quinta baixa semanal consecutiva.

Fonte: CEPEA

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